Principais destaques:
- A inteligência artificial evoluiu em ciclos, alternando grandes expectativas e períodos de estagnação.
- O Transformer, criado por pesquisadores do Google em 2017, foi o divisor de águas da IA moderna.
- A partir de 2022, a IA generativa se popularizou e passou a impactar diretamente o trabalho e o cotidiano.
Das origens teóricas aos primeiros experimentos
A história da inteligência artificial começa muito antes do termo existir oficialmente.
No século XX, avanços em lógica matemática, estatística e computação abriram espaço para a ideia de máquinas capazes de simular o raciocínio humano.
Em 1950, Alan Turing propôs o Teste de Turing, um experimento conceitual para avaliar se uma máquina poderia se passar por um humano em uma conversa.
Em 1956, durante uma conferência acadêmica, o termo “inteligência artificial” foi formalmente criado. O otimismo era alto. Muitos acreditavam que máquinas inteligentes surgiriam em poucos anos.
O que se seguiu foi um choque de realidade: computadores eram limitados, os dados eram escassos e os modelos matemáticos ainda imaturos.
Esse descompasso levou aos chamados invernos da IA, especialmente entre as décadas de 1970 e 1990, quando investimentos diminuíram e o interesse pelo tema esfriou.
Ainda assim, a pesquisa nunca parou completamente. Ela apenas aguardava o contexto tecnológico certo para avançar.
O Transformer e a virada definitiva da Inteligência Artificial
Esse contexto finalmente chega em 2017, com a criação da arquitetura Transformer, descrita no material como um “novo motor” da inteligência artificial.
O Transformer foi desenvolvido por um grupo de pesquisadores do Google e apresentado no artigo científico “Attention Is All You Need”.
A grande inovação desse modelo foi o mecanismo de atenção, que permite à máquina analisar uma frase inteira de forma contextual, entendendo relações entre palavras independentemente da posição em que aparecem.
Isso representou uma ruptura com modelos anteriores, que processavam a linguagem de forma mais lenta e limitada.
Na prática, o Transformer tornou possível treinar modelos muito maiores, mais rápidos e mais precisos. Ele resolveu um dos principais gargalos da IA: compreender linguagem humana em escala, com contexto, nuances e significado.
Aquisição de linguagem e o surgimento dos LLMs
Com o Transformer como base, a capacidade das máquinas de lidar com linguagem deu um salto histórico. A partir desse momento, surgem os Modelos de Linguagem Grandes, conhecidos como LLMs.
Esses modelos aprendem padrões linguísticos a partir de enormes volumes de texto, conseguindo gerar respostas coerentes, resumir conteúdos e criar novos textos.
O funcionamento é simples na aparência: entrada de texto, saída de texto. Por trás disso, existe uma infraestrutura altamente sofisticada, apoiada em grandes volumes de dados, poder computacional e treinamento contínuo.
Esse avanço explica por que, a partir de 2017, a evolução da IA se acelera de forma exponencial.
A explosão da IA generativa a partir de 2022
O ponto de virada para o grande público acontece em 2022, quando ferramentas baseadas em LLMs, como o ChatGPT, são abertas ao uso massivo.
Os dados apresentados no material mostram que essas plataformas atingiram dezenas de milhões de usuários em poucos meses, superando o ritmo de crescimento de aplicativos e redes sociais tradicionais .
É nesse momento que a IA generativa se consolida. Diferentemente das IAs anteriores, focadas apenas em classificar ou prever dados, esses sistemas passam a criar: textos, imagens, ideias, códigos e resumos.
A sensação de “ver IA em todo lugar” surge justamente dessa mudança de papel da tecnologia.

